TRABALHANDO O CONCEITO DE FARMÁCIA VIVA E O USO DE PLANTAS MEDICINAIS COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

Barra lateral de artigos

pdf
Publicado: set 24, 2025
DOI: https://doi.org/10.31417/irecitecifam.v19.716
Palavras-chave:
Farmácia Viva Plantas Medicinais Educação Interdisciplinar

Conteúdo do artigo principal

Leandro Junior Machado
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas - IFAM
https://orcid.org/0000-0001-6860-6031
Lizanete Batista de Paula
Centro Universitário UNIFAEL Polo Maria de Nazaré / Lábrea – Amazonas
Ana Emylli da Silva Nascimento
Centro Universitário Uninorte / Rio Branco – Acre.
Júlio César Klipel Silva
Centro Universitário Estácio Unimeta/ Rio Branco – Acre

Resumo

O presente estudo explorou o conceito de Farmácia Viva e o uso de plantas medicinais com alunos do 2º ano do ensino médio do IFAM Campus Humaitá, conectando o saber tradicional ao conhecimento científico e conceitos de química orgânica. A pesquisa, de abordagem qualitativa e exploratória, utilizou metodologia baseada no tema gerador, articulando as disciplinas de Química e Biologia para promover o aprendizado interdisciplinar. Na primeira etapa, os alunos participaram de uma roda de conversa sobre Farmácia Viva, incluindo marcos regulatórios e relatos pessoais sobre o uso de plantas medicinais. A segunda etapa envolveu a coleta de dados sobre as espécies mais utilizadas e suas aplicações terapêuticas, analisadas com base nos princípios ativos e funções orgânicas. Os resultados destacaram o uso frequente de plantas como alho, camomila e gengibre, enfatizando sua aplicação prática. A análise dos compostos bioativos permitiu aos estudantes compreender conceitos químicos como grupos funcionais e cadeias carbônicas. Concluiu-se que a integração entre saberes tradicionais e científicos amplia a compreensão dos alunos, destacando a importância da biodiversidade amazônica e do uso sustentável de recursos naturais. O estudo reforça o papel educativo do programa Farmácia Viva e sugere a ampliação de pesquisas futuras sobre o tema.

Detalhes do artigo

Como Citar
Machado, L. J., Batista de Paula, L. ., da Silva Nascimento, A. E., & Klipel Silva, J. C. (2025). TRABALHANDO O CONCEITO DE FARMÁCIA VIVA E O USO DE PLANTAS MEDICINAIS COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO. Igapó, 19(1). https://doi.org/10.31417/irecitecifam.v19.716
Edição
v. 19 n. 1 (2025): IGAPÓ - REVISTA ACADÊMICA CIÊNTIFICA DO IFAM
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Lizanete Batista de Paula, Centro Universitário UNIFAEL Polo Maria de Nazaré / Lábrea – Amazonas

Graduanda em Letras - Espanhol pelo Centro Universitário UNIFAEL Polo Maria de Nazaré / Lábrea – Amazonas.

Ana Emylli da Silva Nascimento, Centro Universitário Uninorte / Rio Branco – Acre.

Ana Emylli da Silva Nascimento, natural de Rio Branco - Acre, é graduada em Farmácia (UNINORTE) e licenciada em Química (UFAC), Mestre em ensino de Ciências e Matemática (UFAC). Possui experiência na área Farmacêutica: drogarias, hospital e na docência em ensino técnico e superior. Também possui experiência em laboratório de química, com ênfase em execução de projetos e trabalhos relacionados com a área de atuação: coleta de água, extração de óleos vegetais, análise físico-químicas, cromatográficas e espectrofotométricas, manipulações de soluções químicas, reagentes, meios de cultura e outros, organização dos equipamentos e aparelhos do laboratório. Atualmente é professora e coordenadora do curso de Farmácia no Centro Universitário Uninorte.

Júlio César Klipel Silva, Centro Universitário Estácio Unimeta/ Rio Branco – Acre

Possui graduação em Engenharia de Produção pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (2008) e especializações (Lato Sensu) no Brasil e no exterior. Tem experiência na área de Engenharia de Produção, com ênfase em Qualidade Industrial, Planejamento, Projeto e Controle de Sistemas de Produção. Atualmente é professor de ensino superior da Faculdade Estácio - Unimeta e cursa mestrado (Stricto Senso) pelo Instituto Federal do Acre.

Referências

ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 1999.

BARROS, D.M. de.; DE MOURA, D. F.; DO MONTE, Z. S.; DA SILVA RIBEIRO, A. N.; RODRIGUES, T. H. G.; ROCHA, T. A.; DA FONTE, R. D. A. B. Atividade antioxidante de chás amplamente consumidos no Brasil: uma revisão de literatura. Revista Contemporânea, v.3, n. 12, 2023. Disponível em: <https://ojs.revistacontemporanea.com/ojs/index.php/home/article/view/2756>. Acessado em: 02 de out. 2024.

BORELLA, J. C.; BARBOSA, D. V.; DA SILVA, L. O. Farmácias Vivas: instrumento para viabilização da fitoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS): uma revisão narrativa. Revista Interdisciplinar de Saúde e Educação, v.5, n.1, 2024. Disponível em: <https://dialogus.baraodemaua.br/index.php/cse/article/view/780> Acesso em: 04 de out. 2024.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 18, de 30 de abril de 2013. Estabelece normas para o registro de medicamentos fitoterápicos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 6 mai. 2013. Seção 1, p. 65. Disponível em: < https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sectics/plantas-medicinais-e-fitoterapicos/orientacao-ao-prescritor/Publicacoes/resolucao-rdc-no-18-de-3-de-abril-de-2013.pdf/view#:~:text=Disp%C3%B5e%20sobre%20as%20boas%20pr%C3%A1ticas,%C3%9Anico%20de%20Sa%C3%BAde%20(SUS)>. Acessado em: 02 de out. 2024.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 26, de 13 de maio de 2014. Trata das boas práticas de manipulação de produtos farmacêuticos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 mai. 2014. Seção 1, p. 92. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/sectics/pnpmf/orientacao-ao-prescritor/Publicacoes/resolucao-rdc-no-26-de-13-de-maio-de-2014.pdf/view>. Acessado em: 02 de out. 2024.

BRASIL. Decreto nº 5.813, de 22 de junho de 2006. Institui a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 jun. 2006. Seção 1, p. 4. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/decreto/d5813.htm#:~:text=DECRETO%20N%C2%BA%205.813%2C%20DE%2022,%E2%80%9Ca%E2%80%9D%2C%20do%20art>. Acessado em: 02 de out. 2024.

CORAZZA, S. M. Tema gerador: concepção e prática. Ijuí, RS: Ed. Unijuí, 1992. 60p., Coleção Educação. Disponível em: <https://inovacao.f1b2b.com.br/produto/tema-gerador-concepcao-e-praticas-14826>. Acessado em: 08 de mai. 2022.

COSTA, P. V.; MAYWORM, M. A. S. Plantas medicinais utilizadas pela comunidade do bairro dos Tenentes - município de Extrema, MG, Brasil. Rev. Bras. Plantas Med. v.13, n.3, 2011. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbpm/a/kSZ67JWPzpnLpkRt6VxhSbN/>. Acessado em: 10 de jul. 2016.

DA SILVA JÚNIOR, E. B.; NUNES, X. P.; DA SILVA, I. S. M. A.; PEREIRA, G. M. C. L.; VIEIRA, D. D.; NUNES, X. P. Farmácia viva: promovendo a saúde por meio da fitoterapia no Brasil-uma revisão sistemática. Contribuciones a las ciencias sociales, v.16, n.8, 2023. Disponível em:<https://ojs.revistacontribuciones.com/ojs/index.php/clcs/article/view/1318>. Acesso em: 10 de out. 2024.

DE LIMA, E.; ALVES, P. R. L.; TIRONI, S. P.; TRAMONTIN, M. A. BIOATIVIDADE DO ÓLEO ESSENCIAL DE GENGIBRE NA MORTALIDADE DE GORGULHO-DO-MILHO. SEPE-Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFFS, 13. 2024. Disponível em: <https://portaleventos.uffs.edu.br/index.php/SEPE-UFFS/article/view/21817>. Acessado em: 10 de out. 2024.

DIAS, C. G. P.; GOMES, D. J.; DIAS, L. J. C.; DA SILVA, M. N.; SILVINO, R. B.; DE ALEXANDRIA JÚNIOR, P. C,; DA SILVA, G. B. Possibilidades de uso de passiflora incarnata em uma perspectiva fitoquímica e farmacológica. Research, Society and Development, v.12, n. 9, 2023. Disponível em: <https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/43008>. Acessado em: 10 de out. 2024.

DIEGUES, A. C.; ARRUDA, R. S. V. Saberes Tradicionais e Biodiversidade no Brasil. Brasília: MMA, 2001. Disponível em: <https://livroaberto.ibict.br/handle/1/750>. Acessado em: 06 de jul. 2016.

FERREIRA, C. S. R.; ALVES, E. S.; CASTRO, M. C.; FRIEDRICHSEN, J. S. A.; DE LIMA FIGUEIREDO, A.; SILVA, A. M.; SANTOS, O. O. O ensino da química no meio interdisciplinar: Uma abordagem exploratória. Research, Society and Development, v.13, n.3, 2023. Disponível em: <https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/45444>. Acesso em: 12 de jun. 2024.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

MACEDO, A. F.; OSHIIWA, M. GUARIDO, C. F. Ocorrência do uso de plantas medicinais por moradores de um bairro do município de Marília-SP. Rev. Ciênc. Farm. Básica Apl. v.28, n.1, 2007. Disponível em: <https://rcfba.fcfar.unesp.br/index.php/ojs/article/view/544>. Acessado em: 04 de jul. 2016.

MARQUES, R. H.; GRAVENA, R. A.; SILVA, J. D. T. D.; HADA, F. H.; SILVA, V. K.; MALHEIROS, R. D.; MORAES, V. M. B. D. Inclusão da camomila no desempenho, comportamento e estresse em codornas durante a fase de recria. Ciência Rural, v. 40, 2010. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/cr/a/cGMrVxRmyGLCHLc35mMGf5G/>. Acessado em: 10 de out. 2024.

MARQUES, S. B. D. S. Potencial de plantas medicinais no tratamento da hipertensão arterial: Allium sativum. Trabalho de Conclusão de Curso – Curso de Farmácia/ UFAM, 2024. Disponível em <https://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/7618>. Acessado em: 10 de out. 2024.

MENDONÇA, L. M. V. L,; CONCEIÇÃO, A. D.; PIEDADE, J.; CARVALHO, V. D. D.; THEODORO, V. C. D. A. Caracterização da composição química e do rendimento dos resíduos industriais do limão Tahiti (Citrus latifolia Tanaka). Food Science and Technology, v. 26, 2006. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/cta/a/X3SdYWY7qPh6MNzBZfk9zjL/>. Acessado em: 10 de out. 2024.

RODRIGUES, R. M.; ALVES, N. R. F.; MORAES, M. S. A.; BRUM, A. N. As Plantas Medicinais e Chás como Recurso no Ensino de Química. Anais dos Encontros de Debates sobre o Ensino de Química-ISSN 2318-8316, 2023. Disponível em: <https://edeq.com.br/submissao2/index.php/edeq/article/download/359/330>. Acesso: 08 de jun. 2024.

SILVA, F. T. de M.; FERREIRA, D.; DE BARROS SANTANA, G.; SANTOS, K. M. G.; DE FRANÇA, E. F. G. Utilização da fitoterapia para redução da ansiedade frente a pandemia por SARS-COV-2. Revista Fitos, v.16, n.4, 2022. Disponível em:<https://revistafitos.far.fiocruz.br/index.php/revista-fitos/article/view/1404>. Acessado em: 10 de out. 2024.

SILVA, G. F. A.; GOMES, A. T. M.; GOMES, V. E. B. de O.; GOMES, P. M. de O.; MAGALHÃES, C. F. C. B.; DE OLIVEIRA, S. T.; MACHADO, R. S. de A. A Importância da Pesquisa Etnobotânica e Etnofarmacológica Para a Preservação Dos Saberes Dos Povos Tradicionais e Sua Influência no Uso Correto Das Plantas Medicinais: Um Levantamento Bibliográfico. Epitaya E-books, v.1, n.34, 2023. Disponível em: <https://portal.epitaya.com.br/index.php/ebooks/article/view/742>. Acessado em: 20 de out. 2024.

SILVA, M. A. B.; MELO, L. V. L.; RIBEIRO, R. V.; SOUZA, J. P. M.; LIMA, J. C. S.; MARTINS, D. T. O.; SILVA, R. M. Levantamento etnobotânico de plantas utilizadas como anti-hiperlipidêmicas e anorexígenas pela população de Nova Xavantina-MT, Brasil. Revista Brasileira de Farmacognosia. v. 20, n.04, 2010. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbfar/a/pCmmtjKHFFvg65Y96nwsghJ/?lang=pt>. Acessado em: 10 de jun. 2016.

TRISTÃO, M. A educação ambiental na formação de professores: redes de saberes. São Paulo: AnnaBlume, 2004. 236p.